Com ajuda profissional

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Foto: Eduardo Almeida/RA Studio

Na hora de comprar um imóvel, ninguém tem dúvida de que contar com a ajuda de profissionais, como corretores, advogados e contadores, é de grande valia. Entretanto, com relação a questões técnicas e estruturais da edificação, eles não têm como passar informações aprofundadas sobre o empreendimento. Nesse momento, um bom recurso é recorrer a um arquiteto.
Arquiteto e coordenador do curso de arquitetura corporativa do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura (IBDA), Fábio Rocha fala que entre as vantagens de contar com o profissional está a redução de riscos de fazer um mau negócio. “Com a visão aprimorada, ele fará um amplo levantamento do imóvel sob vários aspectos, focando nas necessidades do interessado.”
Segundo a arquiteta Isabella Magalhães, contratar um arquiteto antes de fechar o negócio garante ao interessado a concretização de seus sonhos e a viabilidade de suas necessidades em relação às condições do bem.
Isabella Magalhães explica que, por meio de seu conhecimento técnico, o arquiteto é capaz de fazer uma avaliação prévia do imóvel, considerando suas condições. É o profissional quem pode restringir ou não as acomodações e o leiaute desejados pelo comprador ou inquilino à viabilidade de concretização do projeto.
De acordo com ela, o arquiteto pode verificar se naquela construção haverá necessidade de reforma hidráulica, se o espaço é compatível para atender as legislações do empreendimento a ser locado. “Além de quanto incide a luz solar no edifício, implicando na viabilidade ou não de instalações de ares-condicionados, entre outras”, exemplifica.
Apesar de importante, o arquiteto da Torres Miranda Arquitetura Júlio Tôrres (foto) reconhece que essa é uma iniciativa ainda pouco vista no mercado, seja para alugar ou comprar um imóvel. Segundo ele, geralmente, o profissional acaba entrando em cena depois de fechada a transação. “Na ânsia de efetuar o negócio, o futuro morador acaba, por vezes, relegando questões importantes para um segundo momento, quando nem sempre a solução de possíveis problemas será viável.”

EXPECTATIVAS

Com isso, algumas expectativas podem ser frustradas, como exemplifica Júlio Tôrres. “Sabe aquela varanda que você ia fechar para fazer um espaço gourmet? Desista, é proibido pela prefeitura e pela convenção de seu condomínio. ‘Mas pelo menos posso tirar aquele quarto para aumentar a sala, certo?’ Errado: as paredes do seu prédio são estruturais e não podem ser alteradas.”
Em sua trajetória, Fábio Rocha já passou por experiência semelhante. “Empresários ou executivos interessados em saber se o espaço comportaria o crescimento de sua empresa atual ou o desenvolvimento de um novo negócio, investidores querendo confirmar se estavam fazendo um bom acordo ou ainda pessoas preocupadas com as condições e possibilidades do imóvel pretendido.”
A arquiteta Isabella Magalhães também conseguiu evitar que um cliente fizesse uma má escolha. Quando foi contratada, ele já havia locado o imóvel que, a seu ver, era o mais adequado. Mas, mesmo assim, mostrou a ela o de que havia desistido. “Percebi que esse o atenderia melhor em função da setorização do espaço”, conta. Dessa forma, não haveria necessidade de alugar um segundo andar. Além disso, seria possível obter melhor conforto térmico, evitando a instalação de ar-condicionado.

Fonte: Júnia Letícia/Jornal Estado de Minas

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