Minha Casa 2 vai priorizar quem ganha até R$ 1,6 mil

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Foto: Wilson Dias/ABR/Divulgação

Imóveis maiores, mais ventilados, entregues com piso cerâmico em todos os ambientes e paredes de banheiro e cozinha totalmente revestidas por azulejos. Junte a isso um sistema de energia solar, para reduzir a conta de eletricidade, e está praticamente pronta a receita de um programa de habitação popular. Acrescente incentivos governamentais e taxas de juros diferenciadas para financiamento, como promete o governo federal, e nasce a segunda edição do programa Minha Casa, Minha Vida, que foi lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff.
Uma das mudanças propostas nesta segunda etapa é a ampliação das faixas de renda tanto para as famílias da zona urbana quanto para as famílias da zona rural. Com esta medida, o governo espera proporcionar a inclusão de um maior número de beneficiados, priorizando as famílias de menor renda.
O governo propõe que para a segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida, 1,2 milhão de moradias sejam destinadas a famílias que ganham até R$ 1,6 mil por mês nas áreas urbanas e até R$ 15 mil anuais na área rural, um aumento de 40% para 60%. Já as famílias com renda de até R$ 3,1 mil na área urbana e R$ 30 mil anuais na área rural, terão destinadas 600 mil habitações (30%). Se na primeira edição a renda familiar máxima era R$ 4.650, agora famílias com renda mensal de até R$ 5 mil poderão ser contempladas. Para essas famílias com renda até R$ 5 mil mensais na área urbana e até R$ 60 mil anuais na área rural serão destinadas 200 mil moradias (10%).O governo também fez mudanças para facilitar a aquisição do imóvel pelas mulheres chefes de família, que anteriormente precisavam da anuência do cônjuge para assinar seus contratos. Agora, as mulheres com renda de até R$ 1,6 mil poderão assinar contratos independentemente do seu estado civil.

Nova estrutura
Para melhorar as condições físicas das unidades habitacionais e melhorar a acessibilidade para idosos e pessoas com dificuldades de locomoção, o governo promete aumentar de 35 para 39 metros quadrados o tamanho mínimo das casas e de 42 para 45,5 metros quadrados o tamanho mínimo dos apartamentos.Pelo menos na expectativa do governo, as unidades habitacionais deverão ser entregues ao proprietário com revestimento em azulejos em todas as paredes da cozinha e banheiro, piso cerâmico em todos os cômodos e portas e janelas maiores. A energia solar também será item obrigatório. “Decidimos colocar aquecimento solar para reduzir a conta de luz. Cerca de 30% da conta de luz é chuveiro”, disse a presidente Dilma Rousseff. ContrataçõesPara esta nova etapa do programa, a expectativa do governo é contratar dois milhões de unidades habitacionais e investir R$ 125,7 bilhões de 2011 a 2014 - R$ 72,6 bilhões são para subsídio e R$ 53,1 bilhões, para financiamento. O valor médio das moradias para
famílias de baixa renda passou de R$ 42 mil para R$ 55,2 mil .

Publicados novos limites para financiamento de imóveis com FGTS

A presidente Dilma Rousseff afirmou, no entanto, que dependendo da execução, o programa poderá ser ampliado em 600 mil unidades habitacionais em um ano. Ela pensa ainda em criar uma linha de financiamento específico para compra de linha branca pelos beneficiários do programa. O objetivo do programa, segundo a presidente, é focar no público de menor renda e na nova classe média. “Noventa porcento do programa vai para quem ganha até R$ 3.100 e tem 30% que é para nova classe média”, afirmou a presidente referindo-se à quantidade de moradias que serão construídas. Procurada pelo CORREIO para saber detalhes sobre as vendas dos
imóveis na segunda etapa, a Caixa enviou através de sua assessoria de imprensa a seguinte nota: “Neste momento, a Caixa e o Ministério do Planejamento encontram-se em reunião para definição de estratégias. Tão logo seja definido concederemos entrevistas”.

Minha Casa, Minha Vida 2

  • 2 milhões de moradias construídas até 2014 é a meta do Minha Casa, Minha Vida 2
  • 1,2 milhão de habitações serão para famílias com renda de até R$ 1,6 mil na zona urbana
  • 600 mil unidades habitacionais são para famílias com renda de até R$ 3,1 mil na zona urbana
  • 200 mil moradias serão destinadas a famílias com renda de até R$ 5 mil na zona urbana

Unidades habitacionais serão maiores e com novos padrões de acabamento, como azulejo em todas as áreas molhadas e piso cerâmico


Brasil avançou em programa de habitação
Na solenidade de lançamento da segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida, ontem, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o programa contribuiu para o desenvolvimento econômico e social do país. “Nosso país avançou, e de forma rápida nos últimos tempos”, declarou a presidente, destacando o papel do programa de construção de moradias populares, que tem como foco atender às classes mais pobres e à nova classe média. “Esse programa mostra que o nosso país avançou rápido nos últimos tempos. O programa constrói as condições para que as pessoas cheguem ao sonho da casa própria”, disse Dilma. A presidente também ressaltou que é papel do governo assegurar que haja “não só a roda do crescimento econômico”, mas também da melhoria das condições de vida. “Para isso, a casa própria é fundamental”, ressaltou. A presidente lembrou que o programa Minha Casa, Minha Vida foi concebido em meio a uma das maiores crises econômicas do mundo e, ainda assim, nesse cenário de desaceleração da economia, propiciou a geração de empregos. Segundo a presidente, o compromisso do governo é controlar a inflação, garantir a estabilidade econômica, mas, ao mesmo tempo, garantir melhores condições de vida e empregos a todos. Segundo Dilma, o programa faz parte do compromisso do governo de controlar a inflação e garantir que haja uma política fiscal extremamente robusta. “Portanto, nós também mantemos nosso compromisso com a estabilidade, o Minha Casa, Minha Vida também faz parte do processo de garantir e assegurar que nós não vamos parar. De que vamos garantir as melhores condições de vida e oportunidades de empregos para todos”, disse em seu discurso a presidente Dilma.

Governo trabalha em novas regras para o FGTS
Foi publicada no Diário Oficial da União de ontem a resolução que fixa novos limites para financiamento de imóveis com o uso do FGTS. A medida considera as diretrizes da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, aumentando o teto para financiamentos. O limite da renda familiar mensal bruta para financiamento na área de habitação popular passa de R$ 3,9 mil para R$ 5,4 mil nas regiões metropolitanas, capitais ou municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes. Também foi aprovado ontem pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados o projeto de lei que permite que homens com mais de 35 anos de contribuição e mulheres com mais de 30 anos de contribuição movimentem a conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Hoje, a movimentação do FGTS pode acontecer quando o trabalhador se aposenta. O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se todas aprovarem o projeto, ele não precisará ir a plenário, já que tramita em caráter conclusivo. Depois, vai à sanção presidencial.

Governo quis aperfeiçoar os contratos
Uma questão polêmica envolvendo contratos de aquisição de imóveis pelo Minha Casa era a venda irregular. Pelas novas regras, que foram aperfeiçoadas para aumentar a eficiência do programa, o imóvel só poderá ser vendido antes de dez anos se a família quitar o seu valor total, incluindo o subsídio. A regra vale para famílias de menor renda e tem como objetivo evitar a venda precoce do imóvel. Outra novidade é a inclusão da modalidade que permite reforma em habitação rural para baixa renda.

Fonte: Correio 24 horas/Ayeska Azevedo e Agências/Divulgação

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Investimento na bolsa ou poupança é opção à compra de imóvel

terça-feira, 14 de junho de 2011

Foto: Alessandro Carvalho/Divulgação

Se os valores dos apartamentos parecem começar a afugentar os interessados, indicando uma acomodação do mercado imobiliário e expectativa de estabilização dos preços, o que diminuiria a atratividade de ganhos com os imóveis, o aluguel também parece seguir na mesma linha. O índice referente aos preços médios dos aluguéis residenciais em BH apresentou elevação de 0,71% em abril. No mesmo período, o IPCA/Ipead – indicador da inflação na capital mineira – mostrou elevação de 0,84%.
Marcos Camargos (foto), professor da disciplina mercado financeiro no Ibmec, faz uma comparação: “Se aplicarmos R$ 500 mil na poupança, teremos um rendimento de R$ 2.750 por mês. Mas com R$ 500 mil, facilmente se negocia com o banco um Certificado de Depósito Bancário (CDB) com rentabilidade de 12% ao ano, o que daria um rendimento mensal de R$ 4.744. Mas sobre esse lucro haverá um desconto do Imposto de Renda que varia de 15% a 22,5% de acordo com o prazo de manutenção do depósito”, ensina. Com isso, o ganho mensal ficaria entre R$ 3.676 e R$ 4.032.
Uma pesquisa em sites de imobiliárias revela valores de aluguel de apartamentos de três quartos nos bairros Buritis, Cruzeiro e Funcionários, respectivamente a partir de R$ 1,2 mil ; R$ 1,4 mil e R$ 1,5 mil. O que faz a alternativa de investir, em vez de comprar o imóvel, parecer atraente. Quem opta pelo investimento deve ser disciplinado. Deve ter em mente que não pode ficar fazendo retiradas desse dinheiro. Se a pessoa for assim, é preferível comprar o imóvel.
A liquidez do investimento é incomparável. O proprietário pode resgatar sua aplicação em 24 horas. No caso do imóvel, precisa de tempo até efetuar a venda. A diversificação dos investimentos também é recomendável. Para correr menos riscos, o sugerido por especialistas seria investir 70% em aplicações com lastro em renda fixa e os outros 30% em renda variável, com orientação de alguma corretora. A Bovespa também tem um produto batizado de Proteção do Investimento com Participação (POP). Ele permite a compra de ações com uma espécie de seguro, no qual, se a ação valorizar, o investidor ganha 80% da valorização. Se a ação desvalorizar, perde apenas uma pequena parte, pois na compra é estabelecido um valor mínimo de recompra.
Quem preferir um imóvel, uma boa opção parece ser as salas comerciais. Só entre fevereiro e março, elas apresentaram um aumento de 11,66%, segundo o levantamento mensal da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead-MG).

HISTÓRICO

Na visão de Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), a perspectiva é de crescimento do mercado imobiliário pelos próximos 15 anos. “De 2004 até junho de 2010 ocorreu uma valorização média dos imóveis de 147,66%, o que propiciou uma taxa efetiva de 1,38% ao mês. A taxa Selic ofereceu 129,32% no mesmo período, ou 1,27% ao mês. Ou seja, na média, os imóveis superaram as aplicações financeiras, perdendo apenas para alguns papéis da bolsa, como Petrobrás PN (taxa efetiva de 2,02% ao mês em 11 anos) e Vale PNA (taxa efetiva ao mês de 2,50% em 11 anos)”, garante.
Mas a grande dúvida é exatamente se o melhor momento para comprar o imóvel passou. Fez bom negócio quem comprou antes da valorização que já ocorreu e que, segundo Wanderlei Ramalho, coordenador de pesquisas do Ipead, parece ter chegado ao teto. “O crescimento, de 2007 para cá, se justifica até certo ponto. Não chega a ser uma bolha imobiliária, mas esse aumento começa a ser preocupante. Principalmente com esse crédito fácil. Até porque é amplamente sabido que brasileiro não se preocupa com o preço final, mas se a prestação cabe no bolso”, alerta.
A preocupação do especialista faz sentido. Os prazos dos financiamentos dobraram de 15 para 30 anos, o que permitiu uma prestação mais diluída e apropriada ao salário do brasileiro. O preço final dos imóveis, no entanto, disparou. De 2004 até hoje, o volume de financiamentos teve uma expansão de 300%. E, desde 2006, pelo menos 26 incorporadoras e construtoras fizeram a abertura de capital na Bovespa. “O mercado imobiliário está muito bom para quem constrói”, resume Wanderlei.

Fonte: Humberto Siqueira/Portal Lugar Certo/Jornal Estado de Minas

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