Região central de Belo Horizonte atrai idosos e estudantes

terça-feira, 6 de julho de 2010

Nos anos 1970, era chique morar no centro de Belo Horizonte. Mas a década seguinte trouxe a invasão das ruas pela decadência das barracas de camelôs, e, com elas, a migração de muitos moradores para bairros da capital. Com a posterior revitalização dos espaços públicos, o centro recobrou as atenções e o respeito. Virou reduto de universitários, idosos e, novamente, famílias inteiras. Uma delas foi a da funcionária pública Luziane Saraiva Caldeira Brant, 52, que comprou um três quartos por R$ 65 mil, há 12 anos. Para ela, "todos os caminhos passam pelo centro".
Moradora da parte nobre da região, na rua Rio de Janeiro, Luziane não encontra desvantagens. "Tudo é fácil aqui porque tem o shopping ao lado, e tem de tudo lá". O presidente da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi), Ariano Cavalcanti de Paula, afirma que a valorização dos imóveis é geral em Belo Horizonte nos últimos anos. Parte desse efeito ampara-se nas linhas de crédito, que se multiplicaram após 20 anos de estagnação do Sistema Financeiro Habitacional (SFH).
Até 1998, quando mudou-se para o centro, Luziane Saraiva morava no bairro Floresta, mas procurava um apartamento que coubesse os quatro filhos, ela e a mãe. "Os apartamentos que eu encontrava eram muito pequenos, e quando vi a metragem deste, eu gostei", lembrou.
Além dos cerca de 100 metros quadrados do apartamento, Luziane viu no centro a facilidade para a mãe ir às lojas e frequentar a igreja de São José. "Praticamente minha mãe não precisava sair do quarteirão para fazer nada. Tinha toda a infraestrutura do shopping Cidade e as lojas de bordados para ela", lembrou Luizane. Apesar da morte da mãe, a troca de bairro é hoje uma opção descartada por Luziane e família. "Meus filhos gostam do centro, não penso em sair daqui", afirmou.
Quanto às despesas, a funcionária pública lista o aluguel da garagem, de R$ 240 por mês, e o condomínio, de R$ 300. "Não é tão puxado, ele inclui a água, tem serviço de zelador e porteiro 24 horas", informou. Morador de um apartamento de 90 metros quadrados, que aluga por R$ 800 com outras três pessoas, na avenida Afonso Pena, Leandro Sacramento também elogia a variedade do local. "Tem tudo, banco, correio, supermercado, o Palácio das Artes, o parque Municipal e, futuramente, o circuito cultural na Praça da Liberdade", diz.
O ponto desfavorável do centro, para Sacramento - que trabalha em casa como designer gráfico - é p barulho. "Fico no caminho da região hospitalar e do Corpo de Bombeiros", reclamou. A instalação de janela acústica melhorou. "Mas não dá para ficar com ela o dia inteiro fechada", explicou.
Fonte: Helenice Laguardia / O Tempo

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