Reforma na pauta do dia

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Foto: abcp/divulgação

A fim de melhorar a condição de moradia das populações de baixa renda, 38 organizações trabalharam juntas durante dez meses e desenvolveram uma proposta inovadora. O Clube da Reforma pretende atingir mais de 1 milhão de famílias de baixa renda em todo o país nos primeiros cinco anos de funcionamento.
Como explica Valter Frigieri Júnior, gerente de Desenvolvimento de Mercado da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e um dos coordenadores do Clube da Reforma, para atingir sua meta o projeto vai precisar tampar muito dos gargalos do setor. "Um dos maiores problemas é que no Brasil existem mais de 110 mil residências autogeridas, ou seja, casas que a própria pessoa construiu ou procurou profissionais sem orientação adequada para a construção. Cerca de 70% dessas casas são de população de baixa renda", revela.
Assim, como ainda explica o profissional, neste caso, as construções trazem problemas que podem prejudicar muitas famílias. "São casas, muitas vezes, mal construídas, que precisam ser refeitas. Apresentam problemas sérios estruturais, rachaduras em paredes e lajes. Além disso, durante a execução do serviço, muito material é desperdiçado. Uma casa feita com profissionais adequados ficaria muito mais em conta", revela.

Ação

Para solucionar problemas nas residências mal construídas, o clube já desenvolveu um programa de ação para os próximos 12 meses: "Trabalharemos com a adequação de produtos de crédito, kits de campanha que valorizam a casa e material técnico para orientação de profissionais e moradores", explica Frigieri. Segundo o profissional, o Brasil tem 56 milhões de moradias e, a cada ano, aproximadamente 25% delas passam por processos de reformas e ampliação. Mas esse índice poderia ser ainda maior, pois 3 em cada 4 famílias têm necessidade de fazer alguma melhoria e ampliação em suas casas, segundo pesquisa feita pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
Apesar de mobilizar grande volume de recursos, o setor de reforma enfrenta dificuldades estruturais, como escassez de crédito, oferta de materiais sem qualidade, falta de mão de obra qualificada. O resultado gera desperdício e o produto final muitas vezes fica mais caro e com baixa qualidade."Um país que pretende ser a quinta economia do mundo deve incluir em sua agenda a discussão de como aumentar a produtividade desse segmento e como gerar facilitadores para que as famílias valorizem seu patrimônio e morem melhor", completa Frigieri.
Fonte: Alessandra Mizher / Jornal O Tempo

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