Grande BH e bairros mais afastados viram alvo das construtoras

sábado, 9 de julho de 2011

A carência de terrenos na capital mineira e a aprovação da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo têm estimulado as construtoras a focarem suas ações na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A expansão torna realidade o que era impensável até há pouco tempo: adquirir um imóvel longe de bairros tradicionais e da Região Centro-Sul.
Arquiteto e um dos diretores da Torres Miranda Arquitetura, Júlio Tôrres confirma que, na considerada área nobre, há poucos empreendimentos sendo planejados. O motivo é que a região já foi alvo de grande parte dos projetos feitos antes da mudança da legislação. “Começam a surgir agora as primeiras obras advindas do boom de aprovações do ano passado”, aponta.
Vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi-MG), Evandro Negrão de Lima Júnior afirma que a iminência de alterações na lei gerou medo entre os empreendedores, de que houvesse uma restrição no uso de terrenos, o que realmente ocorreu. “Por isso, houve uma corrida para tentar aprovar os empreendimentos antes da mudança”, conta.

Fonte: Júnia Leticia/ Jornal Estado de Minas/ Portal Lugar Certo

Foto: Eduardo Almeida/RA Studio/Divulgação

Evandro Negrão de Lima Júnior, vice-presidente do CMI/Secovi, lembra que houve uma corrida para tentar aprovar os empreendimentos antes da mudança (Eduardo Almeida/RA Studio)
Evandro Negrão de Lima Júnior, vice-presidente do CMI/Secovi, lembra que houve uma corrida para tentar aprovar os empreendimentos antes da mudança

Mas esse não foi o único motivo para o aumento do número de empreendimentos iniciados em 2010, segundo Evandro. “Além disso, o aquecimento do mercado imobiliário, com o crescimento da demanda por imóveis, contribuiu para o aumento no número de obras”, acrescenta.
O arquiteto Júlio esclarece que a Lei de Uso e Ocupação do Solo e o Plano Diretor de Belo Horizonte tornaram-se mais restritivos com a alteração feita no ano passado. Isso fez com que se buscasse as aprovações para viabilizar projetos ainda com os índices antigos. “A redução estimada de potencial construtivo foi da ordem de 15% a 20%, chegando a 70% em alguns casos”, conta.

Alteração

A Região Centro-Sul foi o alvo de grande parte dos projetos feitos antes da alteração da legislação municipal. Com o maior potencial de construção e com o preço do metro quadrado mais caro da cidade, a região foi bastante visada no ano passado, conforme Júlio. “A região é a mais bem estruturada de Belo Horizonte, em que todos querem morar. Desse modo, os proprietários de terreno quiseram aprovar projetos para não sofrer perda no seu patrimônio, estimada em cerca de 20%.”
Outro motivo para o aumento significativo no número de construções em 2010 é que, segundo Júlio, o processo de aprovação na Prefeitura de Belo Horizonte estava muito lento e poderia demorar até um ano para ser efetivado. “Depois dessa fase, ainda deveria ser feita a incorporação, projetos de instalações e estruturais. O normal é que esse processo gaste pelo menos uns seis meses depois da aprovação, até que seja feito o lançamento.”

Fonte: Júnia Leticia/Estado de Minas/Portal Lugar Certo

Foto: Eduardo Almeida/RA Studio/Divulgação

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