Preços dos imóveis na Capital ainda estão em alta

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vetor Norte é alvo das construtoras
Foto: Google Imagens/Divulgação
A valorização dos imóveis residenciais já não é uma exclusividade de áreas nobres da região Centro-Sul da Capital, como Lourdes, Santo Agostinho e Belvedere, onde o metro quadrado pode chegar a R$ 10 mil. Nos últimos três anos, unidades construídas no Vetor Norte da cidade e bairros como Planalto (Pampulha) Savassi (Centro-Sul) e Buritis (Oeste) também registraram aumento de até 200% nos preços. Conforme representantes de construtoras e imobiliárias, os investimentos em infraestrutura nessas regiões contribuíram para a valorização.
De acordo com o diretor da Caixa Imobiliária, Kênio de Souza Pereira, diante do aquecimento vivido pelo setor e a escassez de terrenos na capital mineira, o cenário de valorização dos preços de imóveis tem ocorrido em diversas regiões. Segundo ele, nos últimos três anos, a valorização em alguns bairros chegou a atingir alta de 200%.
"Além do próprio aquecimento do setor e da escassez de terrenos na cidade, ainda temos os fatores da macroeconomia influenciando essa situação. Temos a redução dos juros, o mercado financeiro cada vez mais perdendo sua atratividade como fundo de investimento e o aumento de renda da população", diz.
Conforme o diretor da Caixa Imobiliária, alguns bairros como Santa Inês, Horto (ambos na região Leste), Pampulha em geral e o Vetor Norte da Capital são destaques em aumento de preços. "Além disso, Belo Horizonte está tão saturada que as cidades do entorno também já começaram a apresentar preços altos. Este é o caso de Betim, Sabará e Nova Lima, na Região Metropolitana", completa.

Mercado
De acordo com a gerente de Marketing da Imóveis Líder BH, Renata Cotta Malaquias, o Vetor Norte da cidade apresentou as maiores valorizações imobiliárias nos últimos três anos. Segundo ela, em alguns bairros é possível encontrar apartamentos que em 2008 eram comercializados por R$ 50 mil e hoje são facilmente vendidos por R$ 150 mil. Isso equivale a um salto de 200% no período.
Na avaliação de Renata Cotta, a valorização desses imóveis ocorreu por três principais motivos: a transferência da sede do governo do Estado para a Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, no bairro Serra Verde; a transferências dos voos para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves; e ainda a construção da Linha Verde, via que dá acesso à região.
"A valorização é tamanha que grandes construtoras como a MRV e a Tenda lançaram condomínios residenciais com cerca de 800 unidades cada, contando inclusive com área de lazer. A Construtora Lider, por sua vez, especializada em imóveis de alto luxo, também já está em alguns bairros, vendendo unidades a partir de R$ 150 mil. Quem poderia imaginar que algum dia aquela região seria alvo de tantos investimentos?", questiona.
Ainda segundo a gerente de Marketing da Imóveis Líder BH, a valorização fez com que a demanda do mercado se concentrasse mais na compra de imóveis destinados a investimentos. Conforme ela, em função dos altos preços, a aquisição do primeiro imóvel acabou sendo dificultada, uma vez que o valor da entrada também acabou subindo.
"O crédito está farto para quem vai adquirir o imóvel por meio do programa do governo federal "Minha casa, minha vida", do contrário, só tendo renda suficiente, e isso ocorre em maior volume por parte dos investidores", explica.

Básicos
O diretor executivo da Rede Imvista, Patrick Costa, concorda que a maior valorização desde 2008 ocorreu no Vetor Norte da Capital. Conforme ele, no bairro Palmares, por exemplo, há três anos era possível encontrar apartamentos básicos de três quartos, sala, cozinha e banheiro a R$ 150 mil. Hoje o mesmo imóvel está sendo comercializado por pelo menos R$ 350 mil. "Isso equivale a um aumento de mais de 100%", diz.
No entanto, Costa lembra que alguns bairros da Zona Sul também registraram evolução nos preços, até mesmo em função do boom vivido pelo setor. "Em meados de 2008, Lourdes, Funcionários, São Bento e São Pedro já apresentavam preços bem mais elevados do que o restante do mercado da Capital. De lá para cá, bairros como Buritis e Belvedere também evoluíram e tiveram uma valorização. Neste caso, na faixa de 70% nos últimos três anos", destaca.
Já na AD Bens Imóveis, a maior valorização imobiliária foi observada na Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Conforme o gerente Administrativo da imobiliária, Heverton Lopes, nem mesmo os problemas causados pelas obras de revitalização da região foram capazes de reverter o cenário. De acordo com ele, como os imóveis na região já era comercializados com preços relativamente maiores que em outros bairros, o aumento nos últimos três anos foi um pouco menor. Chegou a 30%.
Fonte: Mara Bianchetti/Jornal Diário do Comércio

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