High-low combina o popular e o sofisticado em ambientes

terça-feira, 31 de julho de 2012

Conceito surgido nas passarelas de moda e que mistura produtos caros aos mais baratos, o high-low ganha cada vez mais força em projetos de decoração. Conheça essa tendência




Foto: Eduardo Almeida/ RA Studio


Assim como a valorização do retrô expresso na tendência vintage e da aplicação de cores fortes e contrastes trazida pelo color blocking, o conceito high-low também surgiu nas passarelas e ganhou espaço em projetos de arquitetura e decoração. Caracterizado pela mescla de estilos, nele o equilíbrio é a palavra-chave para o bom resultado. A decoração com esse conceito segue a tendência contemporânea da moda de misturar peças básicas e baratas com outras mais sofisticadas ou detalhes de design.
“Peças high são aquelas com alto valor agregado, como produtos de design assinados e obras de arte”, explica a arquiteta Marina Dubal. Já as peças low fazem um contraponto a esse aspecto sofisticado, pois são básicas e complementam o espaço. “Estas podem ser garimpadas em antiquários, ferros-velhos, supermercados, ou seja, são exatamente aqueles objetos que não damos valor quando estão isolados, mas que em conjunto com outros móveis podem dar charme e personalidade ao ambiente, criando um clima irreverente”, comenta Marina.
O decorador Alberto Radespiel conta que o high-low vem marcar os anos 1990 e, na passarela, chegou misturando peças básicas com sofisticadas. “Como uma blusa bordada em pedrarias usada com uma calça jeans desbotada. Daí surgiu também na decoração essa tendência, que permanece de forma viva.”


O decorador Alberto Radespiel diz que no high-low materiais opostos precisam conversar entre si para garantir a beleza do ambiente. Planejar é fundamental


Nesse conceito ou estilo, o decorador explica que os ambientes são compostos por formas, texturas, cores, épocas e preços que têm contrastes entre si. No high-low, materiais opostos conversam muito bem entre si. “Arrisco dizer que, no bom sentido ‘do lixo ao luxo’, podemos compor espaços belíssimos. Móveis e objetos clássicos, designs assinados e obras de arte em composições com elementos populares, simples e de baixo custo”, indica Alberto Radespiel.
A arquiteta Milene Donato confirma que a decoração high-low consiste na mistura de peças sofisticadas e tecnológicas com peças populares e reaproveitadas. “O high é traduzido por elementos caros e chiques, geralmente de design e obras de arte. Já o low identifica as peças baratas e simples, vêm de lojas populares, do artesanato, de objetos e móveis usados, além daqueles objetos que ganham novas funções (aros de bicicletas que se transformam em pés de mesa, lustres feitos de cestos etc.)”
De acordo com a arquiteta, essa mistura de estilos, de forma equilibrada, pode imprimir muita personalidade a um ambiente. “Todos nós temos um lado high e outro low que pode ser reconhecido. E por que não aproveitá-los na decoração de casa? Aplicar objetos que aqueçam a alma de seus proprietários, coisas que revelem a história dessa família, que as façam se reconhecer neles e que contem a trajetória desses moradores é fundamental”, avalia Milene Donato.

CORES


A decoradora Raquel Brum diz que o high-low mistura estilos como vintage, unindo peças com mix de cores às mais simples ou clássicas, sempre com equilíbrio, para obter um bom resultado. Assim, peças assinadas por artistas renomados, mescladas com outras simples do cotidiano ou pontuadas com cores vivas, trazem o conceito das passarelas para casa. Para isso, vale percorrer de galerias de arte a brechós. Assim, é possível ter, lado a lado, uma poltrona de design com uma mesa de madeira rústica, um sofá de veludo clássico junto a um banco de madeira de demolição, conforme Alberto Radespiel. “Não há regras. O que importa é o bom senso.”


Fonte: Junia Letícia/Jornal Estado de Minas/Portal Lugar Certo

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